21 de agosto de 2018

Você já ouviu falar em Daltonismo?

O Daltonismo, também conhecido como discromatopsia ou discromopsia, é caracterizado pela incapacidade de diferenciar todas ou algumas cores, manifestando-se muitas vezes pela dificuldade em distinguir o verde do vermelho.

Esta doença tem normalmente origem genética, mas pode também resultar de lesão nos olhos, ou de lesão de origem neurológica. O daltonismo pode dificultar o aprendizado e a execução de atividades rotineiras, como comprar frutas, escolher roupas e diferenciar as luzes dos semáforos. Tais problemas, no entanto, são considerados menores pela literatura médica devido à capacidade de adaptação da maioria dos daltônicos. Quem tem daltonismo também pode ter visão reduzida.

 

Quem pode ter Daltonismo?

O daltonismo afeta um grande número de pessoas, sendo o que dificulta diferenciar o verde e o vermelho o tipo mais comum. Os indivíduos com ascendência norte-europeia, assim como 8% dos homens e 0,4% das mulheres sofrem de deficiência congênita de cor.

Uma vez que esse problema está geneticamente ligado ao cromossomo X, ele ocorre com maior frequência entre os homens, que possuem apenas um desses cromossomos. Como as mulheres têm dois cromossomos X, existe a possibilidade da anomalia em um deles ser compensada pelo outro, o que explica a baixa incidência desse distúrbio no sexo feminino.

Na idade escolar surgem as primeiras dificuldades com cores, sobretudo em desenhos e mapas, os pais e professores devem estar atentos ao problema, evitando constranger e traumatizar a criança.

 

E como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é geralmente confirmado pelo teste de cores de Ishihara, mas existem outros métodos também utilizados para este fim.

 

Teste de Ishihara

Existe tratamento para o Daltonismo?

Atualmente não existe nenhum tipo de tratamento conhecido para esse distúrbio. Há, porém, uma empresa americana fabricando lentes que permitiriam a distinção de cores pelos daltônicos. Elas seriam seletivas quanto à passagem de luz, bloqueando o necessário para corrigir defeitos da visão. Mas alguns estudiosos ainda encaram a iniciativa com reservas alegando que não há estudos científicos que reconhecem o método.

Não há cura para o daltonismo. O diagnóstico precoce pode permitir a aplicação de métodos educacionais específicos para proporcionar à criança uma melhor adaptação à capacidade diminuída de reconhecimento de cor O uso de lentes especiais auxilia os portadores a perceber com maior precisão as cores vermelha e verde. Estas lentes, entretanto, só podem ser usadas ao ar livre sob condições de luz intensa. Atualmente existem aplicativos para smartphones desenvolvidos especialmente para auxiliar indivíduos daltônicos a identificar cores

Um daltônico pode viver de modo perfeitamente normal, desde que tenha conhecimento das limitações de sua visão. O portador do problema pode, por exemplo, observar a posição das cores de um semáforo, de modo a saber qual a cor indicada pela lâmpada.

A única forma de diagnosticar o daltonismo e durante a consulta oftalmológica, por isso é muito importante levar seu filho precocemente ao oftalmologista infantil.

Créditos das imagens: https://motherducker.us e https://www.formexinc.com

 

 

escrito por

Dra. Bruna Lana Ducca

Cuidado e paciência são apenas algumas das características da Dra. Bruna Ducca, que sempre gostou de crianças e tem amor pela oftalmologia. Ela concluiu a residência médica em Oftalmologia na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo em 2011. Em 2015 mudou-se para Dallas, nos Estados Unidos, para participar de um fellowship nas áreas de Oftalmopediatria e Estrabismo no hospital infantil Childrens Medical Center, ligado à Universidade do Texas (UTSouthwestern), um dos mais importantes hospitais pediátricos do mundo.

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