19 de agosto de 2017
Muita gente acredita que, se não for tratado na infância, o estrabismo não tem mais cura. Mas isso não é verdade.
É claro que, como qualquer problema ocular, quando tratado logo no início, as chances de ter uma boa visão são muito maiores. Além disso, os pacientes estrábicos sofrem muito com a questão estética, já que o desvio pode trazer problemas no trabalho e atrapalhar convívio social.
Existem várias modalidades de tratamento do estrabismo, que variam de acordo com cada caso e tipo de desvio ocular. Aqui vamos conversar sobre as mais conhecidas:
1. Óculos: indicados quando o estrabismo tem um componente refracional, ou seja, quando os olhos se alinham totalmente ou parcialmente com o uso de óculos ou lentes de contato.
Mas como saber se o estrabismo será corrigido com os óculos?
Geralmente esse tipo de estrabismo é mais frequente em pessoas que têm alta hipermetropia e precisam fazer um esforço muito grande para focar e acabam entortando os olhos “para dentro”. O oftalmologista então prescreve os óculos de acordo com o grau do paciente e o reavalia após algumas semanas. Se os olhos estiverem alinhados, o tratamento resume-se ao uso constante dos óculos, por tempo indeterminado; se os olhos ainda desviarem, o estrabismo pode ser corrigido com cirurgia.
E a pessoa continua usando óculos após a cirurgia?
Na maioria dos casos, sim, pois a correção óptica serve não apenas para manter os olhos alinhados, como também para proporcionar uma visão mais nítida.
2.Tampão ou oclusão: muita gente acha que o tampão serve para tratar o estrabismo, mas na verdade, o objetivo principal da oclusão é tratar a ambliopia; ao ocluir o olho com melhor visão, o olho com visão mais baixa será estimulado pelo cérebro fazendo com que a visão melhore, podendo assim levar à melhora o controle do estrabismo, proporcionando melhores resultados após a cirurgia.
3.Exercícios ortópticos: são como um tipo de fisioterapia para os músculos oculares. São indicados em alguns casos específicos de estrabismos pequenos.
4.Toxina botulínica: indicada em casos específicos de estrabismo, como as paralisias musculares, a toxina botulínica causa o enfraquecimento temporário dos músculos mais fortes, dando assim a oportunidade do músculo paralisado recuperar sua força.
5.Prismas: indicados para dar mais conforto ao paciente com visão dupla, em casos de estrabismos pequenos adquiridos tardiamente.
6.Cirurgia de estrabismo: indicada para tratar a maior parte dos casos de estrabismo. Envolve o enfraquecimento e/ou fortalecimento da musculatura ocular em um ou ambos os olhos. Os olhos trabalham juntos, assim pode-se corrigir o desvio em um olho operando o outro.
Procure oftalmolgista especialista em estrabismo ou oftalmopediatria , ele é o profissional mais adequado para te orientar sobre os possíveis tratamentos em cada caso!
Saiba mais:
https://www.aapos.org/terms/conditions/100
https://www.aapos.org/terms/conditions/102
https://www.aao.org/eye-health/diseases/strabismus-treatment
Crédito dss fotos:
http://strabismus.tistory.com, https://mic.com/articles, https://www.aapos.org
escrito por
Cuidado e paciência são apenas algumas das características da Dra. Bruna Ducca, que sempre gostou de crianças e tem amor pela oftalmologia. Ela concluiu a residência médica em Oftalmologia na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo em 2011. Em 2015 mudou-se para Dallas, nos Estados Unidos, para participar de um fellowship nas áreas de Oftalmopediatria e Estrabismo no hospital infantil Childrens Medical Center, ligado à Universidade do Texas (UTSouthwestern), um dos mais importantes hospitais pediátricos do mundo.
Quer saber tudo sobre a sáude ocular dos seus filhos? Inscreva-se em nossa news.