14 de setembro de 2018
A cirurgia de estrabismo é indicada para tratar a maior parte dos casos de estrabismo. Envolve o enfraquecimento e/ou fortalecimento da musculatura ocular em um ou ambos os olhos. Os olhos trabalham juntos, assim pode-se corrigir o desvio em um olho operando o outro.
Qual a anestesia é feita na cirurgia de estrabismo?
A cirurgia pode ser feita com anestesia local, sob sedação, ou geral. Nas crianças a indicação é sempre a anestesia geral, pois o paciente deve ficar imóvel durante o procedimento. Nos adolescentes e adultos a cirurgia de estrabismo pode ser realizada com anestesia local (colírios ou injeção de anestesia na órbita) e sedação (o paciente não é entubado) dependendo de cada caso e de acordo com a preferência do paciente e/ou do cirurgião.
A cirurgia de estrabismo deixa cicatriz?
Não. O acesso aos músculos oculares é feito por uma pequena abertura na conjuntiva (membrana externa que envolve o olho, fica sobre a parte branca). Assim não é necessário “retirar” ou “entrar” dentro do olho para operá-lo. No caso da cirurgia minimamente invasiva (via fórnice), as incisões são menores e ficam escondidas embaixo da pálpebra, levando à uma recuperação pós-operatória mais rápida e menos dolorosa.
Como é a recuperação da cirurgia de estrabismo?
Geralmente é rápida e o paciente pode retornar logo às suas atividades. No período logo após a cirurgia os olhos ficam vermelhos no local da incisão e ocorre uma sensação de areia. Isso dura poucos dias, até que os pontos sejam absorvidos. Não é necessário retirar os pontos. A vermelhidão vai melhorando aos poucos e, no geral, os olhos ficam brancos novamente um mês após a cirurgia. O paciente também pode ter um pouco de dor ao movimentar os olhos nos primeiros dias após o procedimento. Deve-se evitar atividades físicas extenuantes e nadar em água de mar ou piscina por 3 semanas.
Quais são os riscos relacionados à cirurgia de estrabismo?
Todo procedimento cirúrgico envolve riscos, tanto relacionados ao procedimento em si, quanto à anestesia. Mas em geral, os riscos de complicações na cirurgia de estrabismo são mínimos, sendo o mais comum a necessidade de uma nova cirurgia para corrigir um desvio residual. Sabe-se que um em cada cinco pacientes necessitam de mais de uma cirurgia para alinhar os olhos.
escrito por
Cuidado e paciência são apenas algumas das características da Dra. Bruna Ducca, que sempre gostou de crianças e tem amor pela oftalmologia. Ela concluiu a residência médica em Oftalmologia na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo em 2011. Em 2015 mudou-se para Dallas, nos Estados Unidos, para participar de um fellowship nas áreas de Oftalmopediatria e Estrabismo no hospital infantil Childrens Medical Center, ligado à Universidade do Texas (UTSouthwestern), um dos mais importantes hospitais pediátricos do mundo.
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