8 de maio de 2018

Seu filho está com olho vermelho? Pode ser conjuntivite!

A conjuntivite é uma inflamação da conjuntiva, membrana que recobre o olho e as pálpebras. Pode ser causada por agentes tóxicos, infecção ou alergia. Os olhos ficam vermelhos e inchados (inflamados) e com uma secreção pegajosa. Pode acometer um ou ambos os olhos e alguns tipos de conjuntivite são muito contagiosas.

Existem quatro tipos principais de conjuntivite:

  • Conjuntivite viral: é o tipo mais comum e é responsável por mais de 90% dos casos de conjuntivite. É causada pelo adenovírus, o mesmo tipo de vírus que causa o resfriado comum, é, portanto, muito contagiosa e geralmente se espalha pelas escolas e outros lugares com aglomeração de pessoas. Geralmente causa queimação, coceira, olhos vermelhos e uma secreção esbranquiçada, principalmente pela manhã.
  • Conjuntivite bacteriana: é causada por infecção bacteriana e também é contagiosa. Mas não é a causa mais comum das conjuntivites. Nesse tipo de conjuntivite os olhos ficam vermelhos, doloridos e com bastante secreção purulenta.
  • Conjuntivite alérgica: é causada por uma reação alérgica. É muito comum entre as crianças pequenas, mas não é contagiosa. Os olhos ficam muito irritados, lacrimejando e coçam bastante.
  • Conjuntivite tóxica: causada pelo contato com produto químico ou outra substância irritante. Ocorre vermelhidão dos olhos, ardência, lacrimejamento, sensibilidade à luz e dependendo da gravidade, embaçamento da visão.

 

Como ocorre a transmissão das conjuntivites infecciosas?

Pelo contato com as secreções oculares da pessoa infectada, ou seja, através do contato direto com a pele, principalmente pelas mãos, ou com uma superfície contaminada (qualquer objeto tocado pela pessoa contaminada). Por isso, é muito fácil se contaminar!

As crianças são muito propensas a desenvolver as conjuntivites infecciosas, pois elas estão em contato próximo com outras crianças na escola ou creche. Além disso, elas não tomam os cuidados para evitar a transmissão.

 

Como diferenciar a conjuntivite viral da bacteriana?

A conjuntivite bacteriana é bem mais rara que a viral. A secreção da conjuntivite viral é mais esbranquiçada, em pequena quantidade e demora aproximadamente 15 a 20 dias para desaparecer com tratamento adequado. A secreção da conjuntivite bacteriana é mais amarelada e abundante. Demorar de 5 a 7 dias para desaparecer com tratamento adequado.

 

Tratamento

As conjuntivites costumam melhorar por conta própria, mas o tratamento pode acelerar o processo de recuperação. A conjuntivite alérgica pode ser tratada com anti-histamínicos, já a conjuntivite bacteriana, com colírios antibióticos. No caso de conjuntivite por contato com produto químico, procurar o pronto atendimento de oftalmologia com urgência.

Não existe tratamento específico para conjuntivite viral. Para diminuir os sintomas e o desconforto pode-se utilizar compressas de soro fisiológico ou água gelada e sobre as pálpebras, limpar os olhos com frequência, ou ainda, usar colírios lubrificantes e lágrimas artificiais.

Algumas medidas podem ser tomadas para se evitar a propagação da conjuntivite viral:

  • Lave suas mãos com frequência.
  • Não coloque as mãos nos olhos para evitar a recontaminação.
  • Evite coçar os olhos para diminuir a irritação da área.
  • Lave as mãos antes e depois do uso de colírios ou pomadas.
  • Não encoste o frasco dos colírios ou da pomada no olho.
  • Evite a exposição à agentes irritantes (fumaça) e/ou alérgenos (pólen) que podem causar a conjuntivite.
  • Não use lentes de contato enquanto estiver com conjuntivite.
  • Não compartilhar lençóis, toalhas, travesseiros e outros objetos de uso pessoal de quem está com conjuntivite.
  • Evitar piscinas.
  • Evirar ambientes com aglomeração de pessoas, tais como shoppings, cinemas etc.

 

É muito importante passar pela avaliação do oftalmologista para diagnóstico, tratamento e acompanhamento da conjuntivite!

 

 

 

 

 

escrito por

Dra. Bruna Lana Ducca

Cuidado e paciência são apenas algumas das características da Dra. Bruna Ducca, que sempre gostou de crianças e tem amor pela oftalmologia. Ela concluiu a residência médica em Oftalmologia na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo em 2011. Em 2015 mudou-se para Dallas, nos Estados Unidos, para participar de um fellowship nas áreas de Oftalmopediatria e Estrabismo no hospital infantil Childrens Medical Center, ligado à Universidade do Texas (UTSouthwestern), um dos mais importantes hospitais pediátricos do mundo.

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