12 de fevereiro de 2021
No mundo, cerca de 6 mil crianças desenvolvem retinoblastoma a cada ano. Considerado o tumor maligno do olho mais comum no público infantil, é fundamental saber mais sobre o tema
Muita gente pergunta para que serve o teste do olhinho e por que levar as crianças pequenas ao oftalmologista. Está aí uma das causas: fazer a prevenção do câncer ocular mais comum da infância, o retinoblastoma. A condição, que pode afetar um ou ambos os olhos, normalmente ocorre em crianças com menos de cinco anos (média de 18 meses).
O retinoblastoma é o tumor maligno do olho mais comum em crianças. Ele se origina na retina, uma membrana que reveste a parte interna do olho tem células responsáveis pela visão. Em todo o mundo, cerca de 6.000 crianças desenvolvem retinoblastoma a cada ano. Saiba mais sobre retinoblastoma.
Os tumores pequenos podem não ser notados, por isso, é tão importante a consulta de rotina com o oftalmopediatra nos primeiros anos de vida. Caso o tumor seja maior, pode se manifestar como:
Um em cada três casos de retinoblastoma é causado pela mutação no gene Rb1, presente em todas as células do corpo da criança. Cerca 40% dos casos são hereditários (tumores bilaterais). 60% a 75% dos casos de retinoblastoma são esporádicos, isto é, uma célula sofre mutação e passa a se multiplicar.
O tratamento do retinoblastoma fez enormes avanços nas últimas décadas. O foco principal eliminar o câncer e salvar a vida da criança, preservar o olho, se possível, preservar o máximo da visão possível, limitar ao máximo os riscos de aparecimento de um segundo câncer mais tarde. O prognóstico depende do início do tratamento, tamanho do tumor e se existem ou não metástases.
O tipo de tratamento vai depender: se o tumor está em um ou nos dois olhos, da visão do olho afetado e se o tumor se disseminou ou não. A enucleação (retirada do globo ocular) ocorre apenas nos casos de tumores muito grandes e com ausência de visão.
Vale lembrar que cada caso é um caso! A quimioterapia para retinoblastoma pode envolver vários métodos diferentes, incluindo intravenoso, vias intra-arterial, periocular e intraocular.
A terapia focal pode consistir em terapia térmica destruição, congelamento (por exemplo, crioterapia), laser e radiação de placa. Pode-se fazer ainda uma combinação de tratamentos.
Todos os irmãos e pais de crianças com retinoblastoma devem fazer um exame oftalmológico. A frequência dos exames de triagem dependem da idade. Todos os recém-nascidos de famílias afetadas precisam ser examinados no início da vida.
O impacto da notícia e do tratamento da doença pode afetar toda a família. Isto será um esforço desafiador para todos os envolvidos. Os grupos de apoio costumam ser bons recursos e existem vários sites úteis que fornecem informações básicas.
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Cuidado e paciência são apenas algumas das características da Dra. Bruna Ducca, que sempre gostou de crianças e tem amor pela oftalmologia. Ela concluiu a residência médica em Oftalmologia na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo em 2011. Em 2015 mudou-se para Dallas, nos Estados Unidos, para participar de um fellowship nas áreas de Oftalmopediatria e Estrabismo no hospital infantil Childrens Medical Center, ligado à Universidade do Texas (UTSouthwestern), um dos mais importantes hospitais pediátricos do mundo.
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